sábado, 29 de junho de 2019

A Deus Ninguém Engana

Virtudes luminares, acompanham o homem em seu projeto de evoluir, pois, criado à semelhança do Pai e por Ele destinado aos planos maiores, traz em sua intimidade sementes do amor que o sustentam em seu amadurecimento moral.
A afabilidade é virtude que distingue o discípulo do Cristo, pois, no trato com seus semelhantes, aquele que a conquistou acolhe em seu coração, com o devido entendimento, a alma que chora, rogando auxílio e amparo para suas dores.
A alma afável e terna é a alma que se educou com os exemplos de Jesus Cristo, que desceu dos planos superiores para ensinar a seus irmãos a beleza do amor, para mostrar-lhes que o caminho que conduz à felicidade tem seu início no desenvolvimento das virtudes que toda criatura recebe em germe, como herança divina.
Avesso a manifestações de agressividade e violência, raiva e descontrole, Jesus Cristo viveu a brandura, a calma, a mansuetude, fortalecendo com seus exemplos luminares, os elos que unem os homens.
O ser afável e doce exterioriza junto a seu próximo espontâneas vibrações de respeito e carinho, a ele se dirigindo com o verbo dulcificado pela compreensão de que a boa vontade deve orientar a relação entre os homens. O indivíduo afável em sua expressão natural jamais desqualifica o próximo, seja com posturas, seja com palavras, ou, mesmo, com pesamentos, fonte geradora de imagens vivas que comprometem o próprio equilíbrio íntimo e também o daquele que procura emparo e assistência. A coerência no pensar, no agir e no sentir faz parte do seu viver, pois se empenha constantemente para harmonizar as forças íntimas que emergem contrárias às lições do Mestre.
Como estrelas fulgurantes, a doçura e afabilidade devem enfeitar o céu da alma, instalando-se no coração que ama o Cristo e vive seus mandamentos.
A vivência contrária a tão rico tesouro pode levar o homem a indigência moral, enodoando seu crescimento espiritual. Assim, aquele que se candidata a seguir o Senhor não pode poupar esforços para que sua reforma interior se efetive, devendo, para tanto, abandonar os subterfúgios tão naturais no espírito mergulhado na matéria que não se cansa de argumentar em causa própria valendo-se de proposições que estão longe de apresentar a consistência da mensagem vivenciada pelo Cristo.
A postura do indivíduo na sociedade não pode ser diferente daquela que apresenta em se reduto familiar: o sentimento fraternal alicerçado na caridade deve ser a expressão do amor que seu coração alimenta e anseia colocar em prática, em todas as oportunidade. 

Bezerra de Menezes

Do Livro: Estudando o Evangelho com Bezerra de Menezes CEMES
Psicografia: Alda Maria

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