domingo, 17 de março de 2024

NÓS E OS OUTROS

Buscamos o pão para a nossa mesa, mas esquecemos que nossas mãos podem estender aos famintos o alimento que igualmente lhes falta. Procuramos o agasalho que nos aqueça nas noites de frio, todavia, olvidamos que existem outros corpos, iguais aos nossos, expostos aos mesmos rigores do tempo. Afligimo-nos para que não falte escola para nossos filhos, entretanto, não nos comovemos ante as inúmeras crianças vencidas pela ignorância e às quais as primeiras letras concorreriam para a libertação das sombras que as ameaçam. Choramos a perda dos entes amados e, fixados em nossa dor, não nos preocupamos em consolar os que se encontram em idênticas aflições. Desejamos que a bondade de Deus nos socorra as mínimas necessidades, inquietando-nos quando a solução de nossos problemas nos parece demasiadamente distante; contudo, tardamos em atender as questões que inquietam os corações que para nós apelam em última instância. Julgamos-nos esquecidos pela Misericórdia Divina e não nos dispomos a ser instrumentos dessa mesma Misericórdia junto aos que vivem sós, abandonados e tristes. No entanto... no dia em que o Reino de Deus se manifestar através de nossas mãos, de nossa palavra, de nosso olhar na direção dos que sofrem, então segundo Jesus, ele estará dentro de nós e a luz que dele se irradia iluminará não só os caminhos alheios, mas, igualmente, os nossos próprios caminhos. As bênçãos semeadas por nossa boa vontade suprirão, também, as nossas necessidades. As palavras de consolo que oferecemos soarão, primeiramente, aos nossos próprios ouvidos; o pão repartido se multiplicará; a veste agasalhante aquecerá primeiro as nossas mãos... Repartir, doar, oferecer, canalizar, estender, desdobrar, conduzir e esclarecer são verbos de luz que, conjugados, nos abrirão as portas para as realizações com Jesus. Ninguém solucionará seus problemas, ninguém alcançará as metas desejadas, se não aprender a conjugar esses verbos divinos, os quais consolidam a Lei de Misericórdia, sob a qual desejamos estar sempre abrigados. Busquemos, assim, as riquezas do Reino de Deus, multiplicando-as em torno de nossos passos, portanto é desse mesmo Reino que virá tudo o que nos será dado por acréscimo. Ouça quem tem ouvidos de ouvir! (Mateus, 13:43) Icléia Do Livro: Evangelho e Vida. Lar de Tereza Psicografia: Brunilde Mendes do Espírito Santo

terça-feira, 23 de janeiro de 2024

ITENS DA IRRITAÇÃO

Enquanto no clima de serenidade, consideremos que a irritação não é recurso de auxílio, sejam quais sejam as circunstâncias. O primeiro prejuízo que a imteperança mental nos impõe é aquele de afastar-nos a confiança dos outros. A cólera é sempre sinal de doença ou de fraqueza. As manifestações de violência podem estabelecer o regime do medo, ao redor de nós, mas não mudam o íntimo das pessoas. Sempre que nos encolerizamos, complicamos os problemas que nos preocupam ao invés de resolvê-los. O azedume que venhamos a exteriorizar é, invariavelmente, a causa de numerosas pertubações para os entes queridos que pretendemos ajudar ou defender. Caindo em fúria, adiamos comumente o apoio mais substancial daqueles companheiros que se propõem a prestar-nos auxílio. A cólera é quase sempre a tomada de ligação para tramas obsessivas, das quas não nos será fácil a liberação precisa. A aspereza no trato pessoal cria ressentimento, e o ressentimento é sempre fator de enfermidade e desequilibrio. Em qualquer assunto de apaziguamento e aprendizado, trabalho e influência, aquisição ou simpatia, irritar-se contra alguém ou contra alguma cousa será sempre o retrocesso inevitável de perder. Emmanuel Do livro: Meditações Diáricas, IDEr> Psicografia: Francisco C. Xavier

terça-feira, 9 de janeiro de 2024

O OUTRO

Toda vez que a tentação da censura conduzir-te à acusação, coloca-te no lugar do outro. Antes da agressão violenta, pensa na situação do outro. Diante da perseguição que promove, condói-te do outro. Face ao despeito que te conduz ao ultraje, reflete sobre o outro. Quando o ódio impulsionar-te ao desforço, toma o lugar do outro. O outro é o teu irmão. Talvez seja culpado. Possivelmente a responsabilidade será tua. Não te cabe, seja qual for a circunstância, assumir a posição do vingador, desde que não poderás exercer a da justiça, transformando-te sob impulso infeliz, em algoz do outro. A vítima expunger a culpa. O preseguidor sobrecarrega-se de culpa. Injuriado ou incomprendido, sofrendo ou aflito sob agressão ignominosa e injusta, ama, por mais difícil te pareça, não revidando "mal por mal", porquanto, o outro, aquele a quem gostarias de agredir, já está atacado em si mesmo, caso não se encontre igualmente inocente ou as aparência más que demonstra não passem de aparências.... Por essa razão, o impositivo evangélico não dá margem à tergiversação:, "Fazer ao outro o que se deseja que o outro lhe faça." Marco Prisco Do livro: Momentos de Decisao. LEAL Psicografia: Divaldo P. Franco

terça-feira, 18 de julho de 2023

PACIÊNCIA A GRANDE VIRTUDE

Pela graça infinita de Deus, paz! Balthazar, pela graça de Deus. Um dos convites à paciência está justamente dentro do lar, local onde, habitualmente, os caracteres se apresentam em toda a sua nitidez, ambiente em que a própria liberdade que possuímos nos dá o direito de falar, de agir, como bem entendemos. Sede de crises, geralmente porque aí encontramos pessoas que, como nós mesmos, reagem quando as coisas não ocorrem de acordo com as suas idéias e concepções, o lar é o local, por excelência, para a prática desta virtude chamada paciência. Aprendamos com a vida a viver em paz, com a companhia que Deus nos ofertou e que nós aceitamos. Quase sempre, são pessoas que os encantaram num determinado período da vida e que, a partir de um certo momento, se revelaram quais são interiormente. Desgostamo-nos, então, julgando não ser aquela pessoa a alma que conhecêramos anteriormente (....) Por não entendermos o outro, ou por não termos paciência para convivermos com suas dificuldades, entramos em processo de desencanto, quando não em processo de depressão, porque as coisas já não ocorrem como imaginamos. Em realidade, essas pessoas nada mais são do que aquelas mesmas que nós conhecemos(...) Os pais, vendo seus filhos como crianças, não levam em conta que, no futuro, esses espíritos serão mais difíceis ainda. Não percebem bem que tais almas precisam de disciplina; precisam de amor, sim, mas de disciplina também. Deixam-nas livres, como quem deixa que se crie uma planta que não desejará ter em seu jardim, no futuro. Quando o ser começa a se mostrar como espírito, eis que os pais se queixam de abandono, de flagício e, às vezes, até mesmo, se queixam de Deus. Mas não viram que essa alma era difícil desde o início?! Por que eserar alguma coisa que ela não pode dar? Finalmente, temos a impaciência com nós mesmos. Quantas vezes não nos cansamos dos nossos próprios atos! Dizemos que estamos cansados; proclamamos que não queremos mais trabalhar, porque nos sentimos exaustos; reclamamos do calor, do frio, da roupa, do local, reclamamos de tudo. (..) Emolduramos nossa alma em moldura dourada de paz, quando a figura ainda não é dourada nem pacífica. Reclamamos dos outros, quando, em realidade, vivemos reclamando de nós mesmos. Sentimo-nos insastifeitos, atingidos pelos outros; não somos capazes de conviver com a nossa própria realidade, e eis que reclamamos de todo mundo.(...) Em realidade, não fomos capazes de nos transformar e, por isso, de tudo reclamamos. Se nos olharmos no espelho, iremos ver que também nós precisamos disciplinar nosso coração, nosso espírito, aprimorar nossos valores, conviver com a nossa realidade. Meus irmãos, a impaciência conosco é uma realidade que se apresenta sob nomes diversos, como : cansaço, exaustão, reclamação e outros tantos motivos (...) Irmão, busquemos Jesus para combater a impaciência. Que Deus, bondade, e amor eterno, nos sustente, agora e sempre! Graças a Deus! Balthazar, pela graça infinita de Deus. Do Livro: Pela Graça Infinita de Deus, vol. 1 CELD Psicofonia: Altivo C. Pamphiro

sábado, 24 de junho de 2023

RENOVAÇÃO INTERIOR

Não é o revólver que mata, mas o ódio de quem atira. Não é a boca que ofende, mas a cólera de quem fala. Não é o veículo que atropela,mas a imprudência de quem dirige. Não é a mão que esmurra, mas a raiva de quem bate. Não é a caneta que falsifica, mas a vontade de quem escreve. Não é o pé que agride, mas a fúria de quem escoiceia. Não é o porrete que dilacera, mas a revolta de quem ataca. Não é o olho que bisbilhota, mas a maldade de quem enxerga. Não é a pedra que machuca, mas a violência de quem arremessa. Não é a língua que engana, mas a intenção de quem mente. Inútil dizer que o corpo é o responsável pelas imperfeições morais, ele é só instrumento dos anseios do Espírito. Orienta, pois, teus passos no caminho do bem e, inspirado pelas lições de Jesus, busca a renovação interior, recordando que o corpo atende aos reclamos da alma, da mesma forma que o machado é obediente aos movimentos do lenhador. André Luiz Do livro: Vivendo o Evangelho, vol. I IDE Psicografia: Antônio Baduy Filho