O natal nos traz a lembrança de um período de Luz que chegou a Humanidade, para que ela descobrisse que podia amar a todos aqueles que convivem na Terra . Jesus é o Grande Mestre dos conceitos de paz, do amor, do equilíbrio, do trabalho, da ação no bem, entretanto não se pode olhar para Jesus apenas vendo-o como Mestre. Precisamos também vê-lo como um homem. E por que devemos vê-lo como um homem? Para que em nosso coração haja o sentido perfeito, diga-se de passagem, de que está ao alcance de nossos Espíritos o esforço para alcançarmos a paz, o equilíbrio de que Jesus nos deu imorredouro exemplo. Não se deve mais olhar para Jesus como se ele fosse um Mestre distante. Olhemos para Jesus como aquele amigo ao nosso lado, que nos assevera que podemos caminhar igualmente com a determinação própria dos homens que querem alcançar a Luz.
Às vezes pensamos nele, Jesus, como alguém muito distante, que não passa na Terra, que sequer se preocupa com a Terra. Quase diríamos que vemos Jesus como um homem de gabinete, que expedisse ordens para que outros Espíritos as cumprissem sobre nós, na Terra.
Mas, não é assim, Jesus não age desse modo conosco. Se é bem verdade que nem sempre ele chega à superfície da Terra, é patente que ele chega às regiões próximas, ausculta as nossas necessidades, sabe dos nossos problemas Vê as regiões que estão alcançando um pouco mais de paz e de equilíbrio e observa as regiões conflagradas; ao mesmo tempo sabe quem são os causadores dos desacertos da Humanidade. E se ele chega até o ponto de conhecer o móvel das nossas ações, não poderia fazê-lo de dentro de um gabinete celestial, mas sim chegando até a criatura humana, que afinal de contras, é o seu centro de ação, seu interesse está no ser humano. Coletivamente ou individualmente somos de interesse de Jesus.
E é bom que a humanidade recorde que, ela sendo o centro de interesse de um Espírito de tal envergadura, que esta mesma Humanidade, ou cada um de nós, aprenda a valorizar este amparo, esta observação, este socorro.
Na sequência de nossa vida e da vida de todos, podemos observar momentos de intervenção clara, ostensivamente direcionadas para que nossas almas não se perturbem e não se percam. Tudo isto é trabalho de Jesus, e nós precisamos valorizar intimamente este socorro, tal socorro é feito com objetivo também bastante claro: para que nós nos transformemos; para que nos melhoremos; para que aprendamos a fazer o máximo possível pelo progresso, mas também devemos nos interessar pelo progresso das criaturas ao nosso lado.
Este objetivo tão claro aos olhos a espiritualidade da estação de Jesus, precisa ficar também definido nas mentes, nos sentimentos de todos, particularmente dos espíritas, Porque como espíritas, somos herdeiros da tradição de amor ao próximo que Jesus nos legou.
E seja qual for o pensamento que em nossa mente atravessa em momento de angústia, de desespero, até mesmo de sofrimento, não nos esqueçamos de que o Mestre e Senhor Jesus está ao nosso lado, vendo o nosso comportamento. E isso não é conversa, como se costuma dizer, para enganar crianças, é uma realidade,. Que o espírita saiba que ele é alguém conhecido de Jesus, na figura daqueles benfeitores espirituais e na figura de quem dirige a casa, a cidade, o lugar em que ele se encontra. E que todos os nossos atos não são feitos aleatoriamente, eles traduzem a nossa elevação ou a nossa pequenez, mas a verdade é que Jesus os acompanha nesta elevação ou nesta pequenez porque ele tem interesse em nos ver crescido espiritualmente.
Que neste mês em que nós estamos, nesta casa da qual tenho a honra de participar, saibamos mais do que nunca, venerar a este Mestre, mas colocarmo-nos debaixo de sua proteção como quem assevera: "Senhor, és para nós o Senhor e queremos prestar contas de nossas atitudes, atividades ao teu generoso coração."
Que vocês não tenham vergonha, nem achem que seja pieguice, declararem-se cristãos e espíritas. E diga do fundo do coração: "Além da minha consciência, tenho que prestar contas a Jesus de todos os meus atos." Que as chamadas pessoas do mundo, sorriam das suas afirmações, mas que dentro da alma de vocês, exista esta certeza: "Somos de Jesus para sempre."
Que Deus nos abençoe e que o Mestre Jesus, nos ajude.
Vosso irmão Francisco Nicolau.
Do Livro Focos de Luz, CELD
Psocigrafia: Altivo C. Pamphiro
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