A sociedade humana não deveria operar a divisão de si própria, como sendo um campo em que se separam bons e maus, mas sim viver qual grande família em que se integram os espíritos que começam a compreender o Pai e os que ainda não conseguiram pressenti-lo.
Claro que as palavras "maldade" e "perversidade" ainda comparecerão, por vastíssimos anos, no dicionário terrestre, definindo certas atitudes mentais inferiores; todavia, é forçoso convir que a questão do mal vai obtendo novas interpretações na inteligencia humana.
O evangelista apresenta conceito justo. João não no diz que o perverso está exilado de nosso Pai, nem que se conserva ausente da Criação. Apenas afirma que "não tem visto a Deus."
Isso não significa que devamos cruzar os braços, ante as ervas venosas e zonas pestilenciais do caminho; todavia, obriga-nos a recordar que um lavrador não retira espinheiros e detritos do solo, a fim de convertê-lo em princípios.
Muita gente acredita que o "homem caído" é alguém que deve ser aniquilado. Jesus, no entanto, não adotou essa diretriz. Dirigindo-se, amarosamente, ao pecador, sabia-se, antes de tudo, defrontando por enfermo infeliz, a quem não se poderia subtrair as características de eternidade.
Lute-se contra o crime, mas ampare-se a criatura que se lhe enredou nas malhas tenebrosas.
O Mestre indicou o combate constante contra o mal, contudo, aguarda a fraternidade legítima entre os homens por marco sublime do Reino Celeste.
Emmanuel
Do livro: Pão Nosso. FEB
Psicografia: Francisco C. Xavier
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