domingo, 10 de novembro de 2019

INDULGÊNCIA E AMOR

(...) Quanto mais severo é o intolerante, no exame das limitações e fracassos de outrem, mais atormentado e fraco ele se sente disfarçando tal situação com a catilinária agressiva, através da qual se refugia e compraz.
A indulgência faz muita falta aos homens, e a sua ausência na ação responde por muitos males que afligem o mundo.
A indulgência propicia aos equivocado oportunidade para fazer a experiência, não se sentindo rechaçado ou simplesmente posto a margem.
Dá-lhe também ensejo de avaliar o erro, motivando-o a uma reformulação de conceitos sobre a vida, portanto auxiliando-o a agir com retidão.
Valoriza-o e aproxima-o daquele a quem magoou, permitindo-lhe a reabilitação.
Indulgência é ato de amor, que dignifica quem a oferece e aquele que a recebe.
Tu, no entanto, que conheces Jesus, vai além.
Sê indulgente para com aquele que te fere e, conhecedor que és do significado da vida, proporciona-lhe algum bem.
Não somente deves esquecer a ofensa, como também contribuir para o crescimento moral do ofensor.
Substituindo o ódio e a mágoa pelo amor, ensina através da bondade a lição da fraternidade que ajuda e socorre.
Da indulgência todos necessitam. Ela ampara os fortes quando caem, e anima os fracos que, sem a sua força, jamais se ergueriam.
Conta-se que, após a ressurreição de Jesus e o seu aparecimento aos discípulos, quando reinava entre eles imensa alegria e incontida esperança, o Mestre foi buscar Judas, perturbado em si mesmo, nos tormentos do suicídio, a foma de auxiliá-lo na reabilitação necessária. 
Indulgência  e amor são os termos elevados da caridade em sua mais alta expressão.


Joanna de Ângelis

Do Livro: Luz da Esperança, Lorenz
Psicografia : Divaldo P. Frango

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