sábado, 15 de julho de 2017

ENTES AMADOS

A preocupação de prover as necessidades daqueles que estimamos não é tão somente legítima, é indispensável. E tudo o que pudermos ofertar-lhes em abnegação redundará em sementeira de luz e amor a frutescer, um dia, em amparo e felicidade para nós mesmos.
Habitualmente, contudo, um problema aparece na lavoura afetiva a que nos consagramos: - tranca-se nos o afeto, em torno das pessoas que a vida nos confiou à dedicação e eis que elas, a pouco e pouco, se transformam em prisioneiras de nossas exigências, sem que venhamos a perceber.
Quando isso acontece, passamos instintivamente a entravar-lhes o passo e a influenciar-lhes, em demasia, o modo de ser. Daí nascem dificuldades e conflitos que é imprescindível saber evitar, ( ...)
À vista disso, os que desejamos tanto a felicidade das criaturas que se nos fazem extremamente queridas, saibamos respeitar-lhes a independência - o dom da independência que a Lei Divina a todos nos conferiu.
Auxiliemos nossos entes amados a serem eles próprios, com as faculdades que lhes singularizam a alma. Devotemos-nos à construção da felicidade deles, com os mais entranhados sentimentos do coração, mesmo porque as Revelações Divinas nos conclamam incessantemente a amar-nos com entendimento recíproco, mas peçamos a Deus nos ajude a reconhecer-lhes a liberdade, a fim de que escolham os caminhos e experiências que lhes pareçam mais justos à jornada de progresso e elevação, sem que haja cativeiro na vida nem para eles nem para nós. 



Emmanuel

Do Livro: Encontro Marcado - FEB
Psicografia : Francisco C. Xavier

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