O dever é o conjunto das prescrições da lei moral, a regra de conduta do homem nas suas relações com seus semelhantes e com o Universo inteiro. Figura nobre e santa, o dever plana acima da Humanidade, inspira os grandes sacrifícios, os puros devotamentos, os belos entusiasmos. Risonho para uns, temível para outros, sempre inflexível, ergue-se diante de nós e nos mostra essa escada do progresso, cujos degraus se perdem nas alturas incomensuráveis.
Aquele que soube compreender todo o alcance moral do ensino dos espíritos tem uma concepção mais elevada ainda do dever. Sabe que a responsabilidade é proporcional ao saber, que a posse dos segredos de além-túmulo lhe impõe a obrigação de trabalhar com mais energia em seu melhoramento e no de seus irmãos. As vozes do Alto nele fizeram vibrar eco, despertaram forças que dormiam na maioria dos homens; solicitam-no poderosamente na sua marcha ascensional. Um nobre ideal estimula-o e atormenta-o simultaneamente, faz dele motivo de risadas dos maus, mas não o trocaria por todos os tesouros de um império. A prática da caridade tornou-se lhe fácil. Ensinou-lhe a desenvolver suas sensibilidades e suas qualidades afetivas. Compassivo e bom, sofre todos os males da Humanidade; quer espalhar sobre todos os seus companheiros de infortúnio as esperanças que o sustentam; gostaria de enxugar todas as lágrimas, pensar todas as chagas, suprimir todas as dores.
Do Livro, Depois da Morte CELD
Autor Leon Denis
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