terça-feira, 24 de setembro de 2013

EXAMINANDO A ORAÇÃO

Muitas vezes, clamarás, desconsoladamente:
"--------Orei, suplicando para que a morte não me invadisse o lar, e a morte destruiu-me a esperança e esfacelou-me o coração..."
"--------Supliquei ao céu para que determinados acontecimentos não me conturbassem a marcha, e os acontecimentos temidos desabaram sobre mim quais tempestades arrasadoras."
"--------Roguei ao Alto para que a moléstia me abandonasse o corpo, e a enfermidade me corrói a existência..."
E, quase sempre, substituis a claridade da confiança pela sombra do desespero, qual se a Terra devesse obedecer aos nossos caprichos.
Imagina, no entanto, o que seria da vida se todos nós alcançássemos satisfação imediata dos mínimos desejos, e reconhecerás que o desequilíbrio e o infortúnio campeariam em todas as direções.
Foi por isso que Jesus, antes de tudo, na oração dominical, ensinou-nos a louvar a sabedoria e a providência do Todo-Misericordioso, com a nossa integral rendição aos seus desígnios.
Não abandones a prece, sob o pretexto de cansaço e desilusão.
Ora sempre, mas aprende a pedir ombros fortes em vez de rogar o afastamento da cruz que te conduzirá para a luz da sublimação.
Sobretudo, entendamos que, embora a palavra impossível não exista para a bondade de Deus, a oração deve ser adotada por nós na condição de luz a clarear-nos por dentro, sem que venhamos a guardar com ela a presunção de alterar as circunstâncias exteriores. 
Lembremo-nos de que a prece pode sanar a cegueira e a paralisia, a surdez e a cadaverização de nossas almas, e qual acontece ao enfermo que vê modificar-se a vida e o mundo, ante a bênção da própria cura, o espírito transformado pela oração pode encontrar nas tribulações que inadvertidamente criou para si mesmo o abençoado caminho da ascensão aos altos céus.


Emmanuel

Do Livro:  Trevo de Ideias. GEEM
Psicografia: Francisco C.Xavier

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