Quem de nós pode avaliar a própria vida como uma estrada feita somente de acertos?
Quem tem condições de afirmar que seus dias foram construídos de forma irrepreensível, de maneira correta?
Se
bem analisarmos, perceberemos que os erros, tropeços e enganos são
naturais em nosso processo de aprendizado, finalidade maior da nossa
existência.
Erramos,
muitas vezes, por imaturidade. Portadores de valores ou sentimentos
pouco nobres, acreditamos, ao elegê-los, que esses seriam os mais
adequados para nos conduzir.
Assim,
nos deixamos guiar ora pelo orgulho, ora pela vaidade. Ou, ainda, a
soberba e a arrogância nos acompanham nas decisões e comportamentos ao
longo da vida.
Até que nos apercebemos que eles nos trazem dissabores e não são os melhores conselheiros e condutores da existência.
Mais
maduros, calejados pela experiência, ao nos darmos conta de que aqueles
não são os melhores valores para nos acompanhar, nem os melhores
parâmetros para nos aconselhar, os abandonamos para buscar rumos mais
felizes e saudáveis.
Ao
avaliarmos esses dias de equívocos, ao olharmos para trás, percebemos
que não agimos por maldade. Apenas éramos imaturos e, talvez, um tanto
levianos.
Foi necessário que as dores decorrentes do erro e o peso das dificuldades nos forjassem na alma a tessitura da nobreza e do bem.
* * *
Assim ocorre com muitos pela estrada da vida. São vários aqueles que nos acompanham que agem dessa forma.
Servem-se
de valores equivocados nos relacionamentos. Estabelecem padrões
ilusórios para pautar seu comportamento. Buscam condutas reprocháveis na
sua vivência.
Agem como agíamos há pouco tempo para, logo mais, as dores da vida os convidar para as lições do aprendizado.
Como sabemos disso, porque era exatamente assim que nos portávamos, até recentemente, não julguemos.
Aqueles
que hoje agem de maneira equivocada, sem dúvida terão sobre os próprios
ombros o peso dos seus erros, no justo reflexo que a vida oferece de
tudo que fazemos.
Se
hoje, esses ainda agem assim, ofereçamos-lhes a compreensão, pois
estamos cientes do que ocorrerá, em tempo imediato ou posterior.
Se
a vida já nos permitiu esse aprendizado, mais do que ninguém sabemos
desnecessários o nosso reproche, nossa crítica e mesmo a nossa vingança
para com aqueles que hoje erram.
Dessa
forma, se os nossos caminhos se cruzam com os caminhos de criaturas
ainda iludidas a respeito do verdadeiro significado da vida,
aproveitemos a chance para cultivarmos compreensão, indulgência e
perdão.
E
deixemos que a vida, a seu tempo, e sob a tutela vigilante e amorosa da
providência Divina, ofereça as melhores lições, para todos nós, que
ainda temos tanto a aprender a respeito das coisas de Deus.
Fonte: Redação do Momento Espírita.
Em 01.06.2012.
Em 01.06.2012.
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