sábado, 15 de janeiro de 2011

Fala amparando


Fala amparando

Quando estiveres a ponto de condenar alguém, lembra-te de ti mesmo.
Quantas vezes terás ferido,
quando te propunhas auxiliar?
Muitos daqueles que povoam as penitenciárias, dariam a própria vida para que o tempo recuasse, propiciando-lhes ensejo de se fazerem vítimas
ao invés de verdugos...
Prefeririam cegueira e mudez no instante de vazarem a acusação ou extrema paralisia na hora da violência.
E qual acontece aos irmãos segregados no cárcere, quantas criaturas carregam enfermidade e frustração nas grades mentais do arrependimento tardio?
Trajam-se em figurino recente e conservam a bolsa farta, mas, por dentro trazem desencanto e remorso por fogo e cinza no coração.
Supõem-se livres, no entanto, jazem presas, intimamente, na cela da angústia em que
enjaularam a própria alma, por não haverem
calado a frase cruel no momento oportuno...
Poderiam ter evitado o desastre moral que lhes dói
na lembrança, contudo, por se acomodarem à impaciência, atearam o incêndio que resultou
em loucura e destruição.
Não sirvas vinagre e fel à mesa da própria vida.
Onde surpreendas perturbação e sombra estende o socorro da paz e o benefício da luz.
Compadece-te dos ingratos e desertores,
quanto te condóis dos que passam sob teus olhos, mutilados e infelizes.
Ninguém praticaria o mal se, antes,
lhe conhecesse o fruto amargoso.
Compreendamos para que sejamos compreendidos.
Agora, talvez, poderás censurar
os erros dos semelhantes.
Amanhã, porém, mendigarás o perdão
dos outros pelos teus desatinos.
Entrega a aflição de cada dia
ao silêncio de cada noite.

Lembra-te de que, por maiores tenham sido
os desregramentos da Humanidade na Terra,
o Céu nunca fez coleções de nuvens para amaldiçoar ou punir, mas sim, cada manhã, acende o brilho
solar por mensagem bendita de tolerância
e de amor, endereçando aos homens
a esperança infatigável de Deus.

Fonte: www.gotasdeamoreluz.com.br/mensagens.htm
Imagem: Google imagens

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